A ocupação do Japão por grupos humanos teve início entre 10 a 28 mil anos atrás em um período pré-cerâmico, quando povos caçadores-coletores chegaram às ilhas vindos do continente através de istmos. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi a Jomon[3][4] que não desenvolveu a agricultura ou a criação de animais. Entre 250 a.C.e 250, a cultura Yayoi a substituiu vinda de Kyushu trazendo o cultivo do arroz,[5] as ferramentas de metal e a confecção de roupas.[6]
O país foi unificado pela primeira vez no século IV pelo clã Yamato [4] e logo empreendeu a conquista da península da Coréia no final do século. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio sobre a Coréia até o século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país trazido da Coréia servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes.[3] Após a morte do imperador Shotoku em 622 e um período de guerras civis, o imperador Kotoku deu início a reforma Taika que criaria um Estado com poderes concentrados nas mãos do Imperador rodeado por uma burocracia à semelhança da Dinastia Tangna China. Em 710, a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, réplica da capital chinesa, dando inicío a um novo período da história japonesa no qual a culturae a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo difundiu-se com a criação de templos por parte do imperador nas principais prefeituras.[7]
Mais tarde a capital seria novamente transferida para Heian-kio, a moderna Quioto, e se daria o rompimento entre o imperador Kammu e os monges budistas. A partir daí se estabeleceria a escrita japonesa e uma nova literatura. É nesse período de paz que surge a classe dos samurais como guarda da corte.[3][4] Contudo as disputas surgidas entre os clãs guerreiros Taira e Minamoto levaram à nova guerra civil que só teve fim em 1185 com a ascensão de Minamoto no Yoritomo. Este estabeleceria o governo doxogunato em Kamakura enquanto em Quioto a corte era mantida de forma simbólica. Novo período de paz e enriquecimento cultural e material se estabeleceu até uma nova tentativa mal sucedida de restauração da autoridade imperial feita pelo Imperador Go-Daigo.
O surgimento dos daimyo de base local, enfraqueceu o xogunato e esse enfraquecimento levou a Guerra Onin entre 1467 e 1477 entre os Kosokawa e os Yamana que deu fim ao xogunato. Sem uma autoridade central, os daimyos, agora com autoridade absoluta em seus domínios, deram início a um período de guerras que só terminaria entre 1550 e 1560 com a conquista dos demais domínios por Oda Nobunaga.[3] Foi durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueseschegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais.
No Japão, os portugueses praticaram o comércio e a evangelização. Os comerciantes portugueses tiveram principalmente o papel de intermediários entre a China e o Japão mas tiveram também outros contributos como seja a introdução das armas de fogo no arquipélago. Por outro lado, os Missionários, principalmente os Padres da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missionação e em cerca de 100 anos de presença Portuguesa no Japão a comunidade Cristã no país chegou a ascender a cerca de um milhão de Católicos.
Toyotomi Hideyoshi deu continuidade ao governo de Nobunaga e unificou o país em 1590. Depois da morte de Hideyoshi, Tokugawa Ieyasucomo regente aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a oposição deu início a uma guerra, ele a venceu em 1603 na Batalha de Sekigahara. Tokugawa fundou um novo xogunato com capital em Edo e expulsou os Portugueses e restantes estrangeiros, dando início à perseguição dos Católicos no país, tidos como subversivos, com uma política conhecida como sakoku. A perseguição aos Cristãos Japoneses fez parte desta política, levando esta comunidade à conversão forçada ou mesmo à morte, como é o caso dos 26 Mártires do Japão.
Esta política deixou o país isolado por 250 anos até a chegada de navios estrangeiros com Matthew Calbraith Perry em 31 de Março de 1854exigindo a abertura do país ao comércio revelar a fraqueza interna do xogunato. A Guerra Boshin reestabeleceu o poder do imperador comMeiji do Japão em 1868, quando teve início um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo ao qual se seguiram as vitórias nas guerras sino-japonesa (1894-1895) e russo-japonesa (1904-1905) e a conquista da Coréia e das ilhas de Taiwan e de Sacalina, mantendo o interesse do país sobre a Manchúria.[8]
A dificuldade de ser reconhecido como igual pelos países Ocidentais na Sociedade das Nações, a proibição de imigração para os Estados Unidos em 1924[8] e a crise econômica na década de 1920[9] e o Isolamento comercial imposto por Estados Unidos contra o Japão levaram ao afastamento do Ocidente e ao surgimento de movimentos ultranacionalistas de direita.[8] Os militares utilizaram-se do assassinato do primeiro-ministro em 1932 para conquistar o poder.[9] Em 1936 o Japão aliou-se à Alemanha e mais tarde à Itália na Segunda Guerra Mundial, invadiu a Manchúria, estabelecendo o governo de Manchukuo, e atacou a base dos Estados Unidos da América em Pearl Harbor. Somente reconheceu a sua derrota na guerra após os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki e foi ocupado pelos Estados Unidos até 1952.
Ainda depois de Hiroshima ter sido reduzida a cinzas pelo fogo atômico, os militares japoneses continuaram afirmando que o Exército e a Marinha de Guerra imperiais eram capazes de continuar combatendo e, ao infligirem um sério dano ao adversário, poderiam assegurar ao Japão condições decentes de capitulação. Segundo cálculos do Estado Maior norte-americano, para garantir a cobertura dos desembarques nas ilhas nipônicas seria preciso lançar nove bombas atômicas, no mínimo. Mas segundo se soube mais tarde, depois de destruídas Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos não tinha outras bombas atômicas disponíveis, e sua fabricação levaria muito tempo. “As bombas que lançamos eram as únicas de que dispúnhamos, e a velocidade de sua fabricação era muito lenta naquele tempo”, escreveria o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Stimson. Nas três décadas seguintes, houve grande crescimento econômico movido pela exportação de produtos de alta tecnologia até uma recessão na década de 1990. Prioridade para o futuro é desenvolver tecnologia capaz de criar matérias-primas totalmente artificiais, acabando com a dependência de matérias.
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